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Climatério

Vamos falar sobre esta transição da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva

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O climatério é o período da vida da mulher que marca a transição da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva, engloba dos 40 anos até 65 anos. Ele ocorre devido à diminuição progressiva da função dos ovários e, consequentemente, da produção dos hormônios sexuais, como o estrogênio e progesterona. É um período de mudanças importantes no corpo da mulher e pode impactar diversas áreas da saúde, como a saúde cardiovascular, óssea e mental. É um momento que exige atenção médica para manejar os sintomas e prevenir complicações, além de ser uma fase em que a mulher pode reavaliar sua saúde geral e adotar medidas de autocuidado e promoção do bem-estar a longo prazo. Dividimos em fases para melhor compreensão:

1. Perimenopausa: É a fase de transição que antecede a menopausa e inclui os primeiros sinais de mudança nos ciclos menstruais, que podem se tornar irregulares. Durante essa fase, podem ocorrer sintomas como ondas de calor, alterações de humor, insônia, secura vaginal e redução da libido. Essa fase pode durar de 4 a 10 anos.

2. Menopausa: É o evento central do climatério e corresponde à última menstruação da mulher. Clinicamente, a menopausa é diagnosticada após 12 meses consecutivos sem menstruar. A idade média em que ocorre é por volta dos 48 aos 52 anos, podendo variar.

 

3. Pós-menopausa: Esta fase começa após a menopausa e dura o restante da vida da mulher. Os sintomas do climatério podem persistir, mas tendem a diminuir ao longo do tempo. Entretanto, os efeitos da queda dos hormônios, como o aumento do risco de osteoporose e doenças cardiovasculares, continuam a ser importantes.

Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que a pessoa sente em relação a algo específico. A Síndrome do Climatério está presente em 80% das mulheres neste período de vida e é caracterizada por

  • Ondas de calor e suores noturnos

  • Insônia e distúrbios do sono

  • Alterações de humor, incluindo ansiedade e depressão (40% das mulheres no climatério)

  • Secura vaginal e desconforto durante as relações sexuais (principalmente após 5 anos da menopausa)

  • Diminuição da libido

  • Alterações no peso e na distribuição de gordura corporal

  • Perda de densidade óssea

Andar a pé esteira

Climatério e saúde cardiovascular

 

O estrogênio tem um efeito protetor sobre o sistema cardiovascular, ajudando a manter a elasticidade das artérias e regulando os níveis de colesterol. Durante o climatério, com a redução gradual da produção de estrogênio, ocorre um aumento do risco de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão, aterosclerose (endurecimento e inflamação das artérias por deposição de placas de colesterol).

A maioria das mulheres no período climatérico apresentam uma piora no perfil lipídico, com aumento do colesterol LDL (ruim) e dos triglicerídeos, além de uma possível diminuição do colesterol HDL (bom). A perda de estrogênio pode contribuir para o aumento da rigidez arterial podendo elevar a pressão arterial.

Em geral, o metabolismo cai, colaborando para o aumento de peso e o acúmulo de gordura abdominal e aumento do risco de diabetes tipo 2 (por resistência à insulina) e hipertensão.

Durante o climatério, muitas mulheres desenvolvem síndrome metabólica, uma condição caracterizada por um conjunto de fatores de risco como obesidade abdominal, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão. Essa síndrome aumenta significativamente o risco de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

No Climatério encontramos uma excelente oportunidade para Prevenção e Cuidados com a Saúde Cardiovascular. A abordagem preventiva, com foco no monitoramento de fatores de risco e na adoção de hábitos de vida saudáveis, pode ajudar a minimizar o impacto das mudanças hormonais e preservar a saúde do coração a longo prazo.

  • É crucial que mulheres no climatério realizem check-ups frequentes para monitorar a pressão arterial, o colesterol e os níveis de glicose no sangue. O acompanhamento médico regular pode ajudar a detectar precocemente alterações no sistema cardiovascular.

  • Manter um Estilo de Vida Saudável: A prática de atividades físicas regulares, como exercícios resistidos (musculação), caminhadas, ciclismo ou natação, é fundamental para melhorar a saúde do coração e a resistência do hormônio insulina. Além disso, uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, pode ajudar a controlar o peso e melhorar o perfil lipídico.

  • A terapia (de reposição) hormonal (TH) pode aliviar os sintomas do climatério, como ondas de calor, mas seu impacto na saúde cardiovascular é complexo e depende de diversos fatores individuais, como idade, história médica e o tempo desde o início da menopausa. A TH pode ter um impacto positivo ou negativo na saúde cardiovascular. O ideal é que se inicie na janela de oportunidade, ou seja, até 10 anos da última menstruação. No entanto, a decisão de utilizá-la deve ser cuidadosamente avaliada em conjunto com um médico.

  • Controle do Estresse: O estresse crônico pode contribuir para problemas cardiovasculares, especialmente quando associado às mudanças hormonais do climatério. Técnicas de relaxamento, como meditação, yoga, tai chi e terapia psicológica, podem ajudar a reduzir o estresse e promover o bem-estar geral.

Dormir com máscara para os olhos

Climatério e Sono
 

Como mulheres no climatério podem melhorar os hábitos de sono

Há uma série de mudanças no estilo de vida que as mulheres podem praticar para melhorar a duração e a qualidade do sono à medida que envelhecem. Os medicamentos para dormir são uma solução única que não resolvem problemas ou questões interconectadas. Enquanto os medicamentos para dormir podem ajudar mulheres com insônia de curto prazo a começar a dormir melhor, eles provavelmente não ajudarão as mulheres a longo prazo e funcionam melhor quando combinados com tratamentos comportamentais, como terapia cognitivo-comportamental para insônia.

As mudanças nos hábitos de sono:

  • Estabelecer um horário regular de sono. Isso significa ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, mesmo que você não tenha uma noite inteira de sono.

  • Criar uma rotina relaxante para a hora de dormir. Isso pode incluir tomar um banho morno, ler um livro ou ouvir música relaxante.

  • Certificar-se de que seu quarto esteja escuro, silencioso e fresco. Essas condições são ideais para dormir.

  • Evitar cafeína e álcool antes de dormir. Essas substâncias podem interferir no sono.

  • Fazer exercícios regularmente, mas não muito perto da hora de dormir. Os exercícios podem ajudar a melhorar a qualidade do sono. Mas é importante evitar exercícios muito perto da hora de dormir, pois isso pode dificultar o adormecimento.

  • Consulte um médico se você tiver problemas crônicos de sono. Pode haver uma condição médica subjacente que esteja causando problemas de sono.

     

Lembre-se, a experiência de cada mulher com a menopausa e distúrbios do sono é única. Pode levar tempo para encontrar as estratégias que funcionam melhor para você. Priorizar uma boa higiene do sono e buscar orientação de profissionais do sono qualificados quando necessário podem ajudar as mulheres a navegar nesta fase com sono melhorado e bem-estar geral.

Mulher segurando um livro

Fogachos

É o sintoma mais comum do climatério. Não se sabe exatamente qual é a causa desse sintoma. Acredita-se que os fogachos resultem de alterações no hipotálamo, a parte do cérebro que regula a temperatura corporal. O hipotálamo percebe que a mulher está quente demais e inicia uma sucessão de eventos para esfriar o corpo.

Os vasos sanguíneos perto da superfície da pele se dilatam para deixar o sangue fluir mais e diminuir o calor do corpo. Também pode ocorrer suor para resfriar ainda mais o corpo. Os fogachos são muitas vezes seguidos por calafrios e quando ocorrem a noite, atrapalham o sono da mulher, impedindo-a de ter um sono reparador. Com isto, noite após noite, a mulher pode ficar muito irritada e fadigada ao longo do dia.

A menopausa não é a única causa para os fogachos. Outras causas de fogachos: doenças da tireoide, infecções, ou (raramente) câncer também podem dar fogachos. Alguns medicamentos como tamoxifeno para câncer de mama, raloxifeno para osteoporose e alguns antidepressivos também pode causar fogachos. Os fogachos relacionados à menopausa geralmente seguem um padrão consistente, específico de cada mulher.

Alguns são facilmente tolerados, outros são irritantes A maioria das mulheres vai ter fogachos durante 3 a 5 anos até que esse sintoma comece a diminuir. Algumas nunca terão fogachos, ou só têm esse sintoma por alguns meses, outras têm fogachos por muitos anos, até a faixa dos 70 anos ou mais. A melhor escolha de tratamento depende o quanto os fogachos afetam a sua qualidade de vida, suas preferências e sua saúde em geral.

O que fazer para combatê-los?

Identifique e evite as coisas que desencadeiam os fogachos em você.

Por exemplo fonte de calor externo (como um quarto quente ou uso de secador de cabelo), estresse, bebidas quentes, comidas quentes ou apimentadas, álcool (principalmente vinho), cafeína e cigarro. Fazer meditação, yoga ou tai chi, qigong, acupuntura, ou massagem, podem auxiliar. Tente manter o corpo fresco durante o dia e enquanto dorme. Se o fogacho vier a noite: tente fazer técnicas para voltar a dormir (por exemplo, não fique deitada sem fazer nada). Levante e leia até o sono voltar, evite celular nestas horas! E quando ele vier? Faça uma respiração abdominal lenta e profunda, inspirando pelo nariz e soltando o ar pela boca. A perda de peso pode ajudar a aliviar os fogachos nas mulheres com sobrepeso.

Há tratamentos hormonais (Terapia Hormonal) com estrogênios (isolados em alguns casos) e progesterona (para as pacientes com útero). Se você tem contraindicação ao uso de hormônios, seja por câncer de mama, de fígado, histórico pessoal de trombose, infarto do coração, derrame cerebral, ou mesmo se você não quiser usar hormônios, há outras medicações capazes de reduzirem os sintomas de fogachos e melhorar sua qualidade de vida. De modo geral, usamos antidepressivos em dose baixa nestes casos acima. Logo mais, nos Estados Unidos será aprovada uma medicação que age especificamente no centro termogênico do nosso corpo.

Lembre-se, a experiência de cada mulher com a menopausa e distúrbios do sono é única. Pode levar tempo para encontrar as estratégias que funcionam melhor para você. Priorizar uma boa higiene do sono e buscar orientação de profissionais do sono qualificados quando necessário pode ajudar as mulheres a navegar nesta fase com sono melhorado e bem-estar geral.

Pés do par na cama

Principais disfunções sexuais no climatério

As disfunções sexuais no climatério são comuns, mas tratáveis. O reconhecimento dessas questões e a busca por cuidados médicos podem ajudar as mulheres a recuperar ou manter uma vida sexual satisfatória durante e após o climatério. A comunicação aberta com parceiros e profissionais de saúde é fundamental para encontrar as melhores soluções.

  1. Diminuição do Desejo Sexual (Libido Reduzida): a queda dos níveis de estrogênio e testosterona pode levar a uma redução no desejo sexual. Essa alteração é comum no climatério e pode ser exacerbada por outros fatores, como fadiga, estresse e preocupações emocionais que muitas vezes acompanham essa fase.

  2. Secura Vaginal: a redução do estrogênio afeta a lubrificação vaginal, tornando a mucosa vaginal mais fina e menos elástica. Isso pode causar secura, desconforto e dor durante as relações sexuais (dispareunia), o que muitas vezes leva à redução da atividade sexual.

  3. Dificuldade de Excitação e Lubrificação: a diminuição da lubrificação natural durante o climatério pode dificultar a excitação sexual. A falta de lubrificação adequada pode ser desconfortável e aumentar o risco de lesões vaginais durante a penetração, gerando um ciclo de insatisfação e evitamento sexual.

  4. Diminuição da Sensibilidade e Orgasmo: algumas mulheres relatam uma diminuição da sensibilidade na região genital durante o climatério, o que pode dificultar o orgasmo. Essa alteração pode ser resultado tanto de mudanças hormonais quanto de questões emocionais e psicológicas.

  5. Dor Durante a Relação Sexual (Dispareunia): a secura vaginal, combinada com a perda de elasticidade do tecido vaginal, pode causar dor durante a penetração. Essa dor muitas vezes leva à redução ou cessação das atividades sexuais e pode afetar negativamente a intimidade do casal.

  6. Alterações Psicológicas: sintomas emocionais, como ansiedade, depressão e irritabilidade, são comuns no climatério e podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento das disfunções sexuais. A autoimagem pode ser afetada negativamente, o que também interfere no interesse e na satisfação sexual.

Manejo e Tratamento das Disfunções Sexuais no Climatério:

  1. Terapia Hormonal: a terapia de reposição hormonal (TH) pode ser eficaz para aliviar os sintomas da secura vaginal e aumentar a libido em algumas mulheres. A terapia hormonal localizada, como cremes vaginais de estrogênio, também pode ser uma opção menos invasiva para melhorar a lubrificação e reduzir a dor durante o sexo.

  2. Lubrificantes e Hidratantes Vaginais: o uso de lubrificantes à base de água ou silicone durante a relação sexual pode ajudar a aliviar a secura vaginal e reduzir o desconforto. Hidratantes vaginais de uso regular podem ser usados para manter a saúde vaginal fora do momento da atividade sexual.

  3. Laser íntimo: o laser vulvar e vaginal pode ser eficaz no tratamento de disfunções sexuais causadas pela secura vaginal, dor durante a relação sexual (dispareunia) e perda de sensibilidade. Ao melhorar a condição do tecido vaginal, a terapia pode aumentar o conforto e o prazer sexual.

  4. Terapia Sexual e Psicológica: a terapia sexual, individual ou em casal, pode ajudar a resolver questões emocionais ou relacionais que impactam a vida sexual. O suporte psicológico pode ser crucial para lidar com alterações na autoimagem, autoestima e os sentimentos associados às mudanças do climatério.

  5. Exercícios do Assoalho Pélvico: esses exercícios ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, o que pode melhorar a função sexual, aumentar a sensibilidade e ajudar no controle do orgasmo.

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Síndrome urogenital

Os sintomas são progressivos quando não tratados e podem incluir ressecamento, ardência, irritação, atrofia, dispareunia, diminuição da lubrificação vaginal, urgência miccional, disúria e infecções vaginais e urinárias recorrentes. Pelo menos metade das mulheres na pós-menopausa apresentarão alguma manifestação e o impacto negativo na vida sexual e qualidade de vida está bem estabelecido.

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Perda da densidade óssea

A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada por uma diminuição da resistência óssea (integração entre quantidade e qualidade óssea) que predispõe a um risco aumentado de fraturas

A TH previne a perda óssea (osteopenia e osteoporose) e risco de fraturas em mulheres saudáveis na pós-menopausa, com efeitos dose-dependentes na densidade óssea, bem como exercícios resistidos (musculação), dieta rica em cálcio e aumento da Vitamina D.

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Depressão

Uma em cada três mulheres irão experimentar mudanças psicológicas significativas durante a transição para a menopausa e perimenopausa decorrentes de alterações hormonais, bem como de mudanças corporais e metabólicas.
Há uma incidência de 40 a 50% de depressão no climatério.

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Terapia hormonal no climatério

Antes de iniciar a terapêutica hormonal, é fundamental realizar anamnese completa e um exame físico detalhado. Essas etapas orientarão a realização de outros exames complementares caso haja suspeita de alguma contraindicação ao tratamento Antes de iniciar a terapêutica hormonal, é fundamental realizar o rastreamento para o câncer de mama. É recomendável avaliar a dosagem de colesterol total, HDL-colesterol, triglicérides e glicemia de jejum. A terapêutica hormonal com estrogênios é o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores de mulheres na peri e na pós-menopausa. A TH sistêmica deve ser prescrita na menor dose efetiva para tratar os sintomas e minimizar os riscos A escolha da melhor formulação, regime, doses e vias de administração devem ser individualizadas, considerando-se os benefícios e riscos de cada mulher.

 

O risco de câncer de mama associado ao uso da TH é pequeno, com incidência anual de menos de 1 caso por 1.000 mulheres

Os dados existentes não permitem afirmar taxativamente sobre diferenças quanto ao risco conforme tipo, dose e vias de administração. Os estudos recentes sugerem que a TH combinada contendo progesterona micronizada ou a didrogesterona ofereça menor risco de desenvolver câncer de mama do que com outros progestagênios e que a maior duração pode conferir mais risco.

 

Não existe definição para duração máxima obrigatória para a TH ou idade máxima na qual a TH deva ser suspensa.

Não podemos iniciar TH em mulheres com >10 anos da menopausa e/ou após os 60 anos, a janela de oportunidade foi perdida! Para estas mulheres, segundo estudos atuais, a relação benefício-risco parece menos favorável devido aos maiores riscos absolutos de doença coronariana, acidente vascular cerebral, tromboembolismo venoso e demência.

Os implantes e formulações intramusculares apresentam risco de dosagem excessiva de hormônios (testosterona, estrogênios e outras medicações que são colocadas que não sabemos os efeitos, pois esses implantes não tem bula e não são aceitos pelo Ministério da Saúde, Sociedade de Brasileira de Climatério, de Ginecologia e Obstetrícia, de Endocrinologia e Metabologia). Não se recomenda a utilização por mulheres de apresentações formuladas para homens, pela dificuldade de ajuste de dose e risco de fornecer doses supra fisiológicas.

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Manejo de fogachos em pacientes com contraindicações à terapia hormonal

As mulheres com história pessoal de câncer de mama, endométrio em estágio avançado, câncer hepático, derrame cerebral (AVC), infarto do miocárdio, trombose venosa profunda (TVP), aquelas que não desejam usar Terapia Hormonal, aquelas que estão há mais de 10 anos da menopausa sem uso de TH, tem contraindicação de usar hormônio estrogênio e progesterona.

 

Para alívio destes sintomas, podem ser prescritas terapias farmacológicas:

  • Inibidores Seletivos Da Recaptação Da Serotonina (ISRS) como a Paroxetina

  • Inibidores Seletivos Da Recaptação Da Serotonina e Norepinefrina (IRSN), como a venlafaxina, citalopram, escitalopram. Além da gabapentina.

  • E associadas, as terapias não às terapias farmacológicas: exercícios físicos redução de peso, redução café, bebidas alcoolicas (vinho), redução de comidas muito quentes e apimentadas, terapia cognitivo comportamental e acupuntura.

 

Uma nova classe terapêutica, a dos antagonistas da neuroquinina B, tem se mostrado eficaz no alívio dos sintomas vasomotores. Um dos representantes dessa classe farmacológica, o fezolinetanto, foi aprovado recentemente pelo FDA, ainda não disponível no Brasil.

Os fitoestrogênios apresentam resultados controversos para tratar os sintomas vasomotores, em alguns estudos sequer superam placebo.

O uso do laser vaginal, também conhecido como terapia de laser vaginal ou rejuvenescimento vaginal a laser, é uma técnica minimamente invasiva que vem ganhando popularidade no tratamento de diversas condições ginecológicas, especialmente relacionadas ao climatério e à menopausa. A principal finalidade desse tratamento é melhorar a saúde vaginal e tratar sintomas relacionados à atrofia vaginal e disfunções sexuais.

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Laser íntimo

O laser vulvar e vaginal utiliza tecnologia de laser de dióxido de carbono (CO2) ou laser de erbium para estimular a produção de colágeno, aumentar a vascularização e melhorar a elasticidade e lubrificação dos tecidos vaginais. O laser é aplicado na vulva e dentro da vagina por meio de uma sonda especial, gerando microlesões controladas que promovem a regeneração dos tecidos.

 

Principais Indicações:

  1. Atrofia Vaginal: a atrofia vaginal, comum durante o climatério e a menopausa devido à queda de estrogênio, leva ao afinamento e ressecamento da mucosa vaginal, causando dor, ardência e desconforto durante o sexo. O laser vaginal pode ajudar a restaurar a lubrificação, melhorar a elasticidade e reduzir a dor.

  2. Incontinência Urinária Leve a Moderada: o laser vaginal também pode ser utilizado no tratamento da incontinência urinária de esforço (perda de urina ao tossir, rir ou fazer exercícios). O laser ajuda a fortalecer e regenerar o tecido vaginal, o que pode proporcionar suporte adicional à uretra.

  3. Disfunções Sexuais: o laser vaginal pode ser eficaz no tratamento de disfunções sexuais causadas pela secura vaginal, dor durante a relação sexual (dispareunia) e perda de sensibilidade. Ao melhorar a condição do tecido vaginal, a terapia pode aumentar o conforto e o prazer sexual.

  4. Síndrome Geniturinária da Menopausa: essa síndrome abrange uma série de sintomas vaginais e urinários, como secura, irritação e infecções urinárias recorrentes, resultantes da deficiência de estrogênio. O tratamento a laser pode melhorar os sintomas geniturinários, restaurando a saúde dos tecidos.

Benefícios do Laser Vaginal:

  • Minimamente invasivo: O procedimento é realizado no consultório médico, sem a necessidade de anestesia geral, cortes ou suturas. A maioria das pacientes relata apenas um leve desconforto durante a aplicação.

  • Tempo de recuperação curto: O tempo de recuperação é geralmente rápido, com a maioria das mulheres podendo retornar às atividades normais após 24 a 48 horas.

  • Melhora rápida dos sintomas: Muitas mulheres relatam melhorias significativas nos sintomas de atrofia vaginal e disfunções sexuais após apenas uma ou duas sessões.

  • Alternativa para mulheres que não podem ou não desejam terapia hormonal: Para mulheres que não podem ou preferem evitar a terapia hormonal, o laser vaginal oferece uma opção segura e eficaz.

Efeitos Colaterais e Considerações:

  • O laser vaginal é considerado um procedimento seguro, mas como qualquer tratamento médico, pode haver efeitos colaterais e riscos. Os efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Leve inchaço, vermelhidão ou sensibilidade na área tratada.

  • Pequeno risco de infecção ou queimadura, embora seja raro quando realizado por um profissional capacitado.

  • Pode ser necessário mais de um tratamento para obter os resultados desejados, com manutenção periódica recomendada em alguns casos.

Contraindicações:

O laser vaginal pode não ser recomendado para mulheres com infecções vaginais ativas, câncer ginecológico, ou para aquelas que estão grávidas. Uma avaliação completa por um médico é necessária para determinar se o tratamento é seguro e adequado para cada caso.

Considerações Finais:

O laser vaginal é uma opção inovadora para o tratamento de disfunções vaginais e sintomas relacionados ao climatério e à menopausa, oferecendo uma alternativa minimamente invasiva e eficaz. No entanto, é importante que as mulheres discutam suas expectativas e preocupações com um profissional de saúde especializado para garantir que o tratamento seja adequado para suas necessidades.

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